No dia 2 de fevereiro comemora-se internacionalmente o Dia Mundial das Zonas Húmidas, assinalando a data da assinatura da Convenção sobre Zonas Húmidas, geralmente conhecida como “Convenção de Ramsar” por ter sido adotada na cidade iraniana de Ramsar.
A veiga de S. Simão, marginal ao Rio Lima destaca-se pelas suas características, enquanto zona húmida, e estende-se desde as freguesias de Mazarefes até Subportela, com uma extensão de cerca de 450 ha de terrenos alagados e, aproximadamente, 200 ha de campos agrícolas e matas dispersas e envolventes.
A veiga de S. Simão integra um ecossistemas estuarino, em que os organismos vivos são uma parte importante dos fluxos de energia e materiais típicos de uma zona altamente produtiva. Junto ao ribeiro de S. Simão e às lagoas, dispõem-se formações de vegetação ripícola caracterizadas essencialmente por carvalho comum, amieiro, amieiro negro e salgueiro.
Nos terrenos de cota mais baixa, dominam o junco, o caniço, o bunho, o carvalho comum e o amieiro. Em terrenos de cota mais elevada, a cobertura vegetal de porte arbustivo compõe-se de fetos, silvas, matos de regeneração de carvalho alvarinho e amieiro.
Neste sítio ocorrem quatro espécies migradoras piscícolas-salmão, lampreia, sável e savelha. Também é possível encontrar alguns anfíbios como: a rã-verde, a rela, a salamandra lusitânica, a salamndra de pintas amarelas, a cobra-rateira e o lagarto de água.
A zona húmida da Veiga de S. Simão e o estuário são espaços de biodiversidade mais marcantes de todo o Sítio Rio Lima.
Fotografia: Associação Guarda Rios do Lima